sábado, 29 de agosto de 2015

A felicidade ainda assusta muita gente


Não podemos mais ser nós mesmos e nos sentir felizes. Tiraram-nos a capacidade de transbordar.  

Não goste. Não queira. Não ame. Não procure. Não ligue.
Se sufoque, mas não diga nada.

Não seja tolo ao declarar o seu querer bem e, principalmente, não ame. Corra toda vez que esse maligno sentimento lhe causar palpitações.

Vivemos na era do negativismo sentimental e a grande verdade é que nos tornamos tão superficiais e egoístas, que colocamos a culpa dos nossos fracassos no amor.

Singelo, leve e compreensivo, o amor não se defende logo de cara. Ele deixa que mergulhemos nessa falsa ilusão de fazer e querer tudo pela metade. Ele observa, até um pouco irônico, as nossas farras e baladas noturnas sem maiores apegos, esperando a hora certa de nos mostrar o seu maior trunfo.
Em algum lugar, ele fica à espreita, sentado com o destino, com a felicidade e a paciência assistindo as nossas negativas. Eles, juntos, sabem que não estamos no controle. Sabem que, na hora certa, iremos ser convidados a dançar na chuva.

Mas não queremos dançar na chuva. Sentimos medo da sensação térmica. O frio na barriga e o calor dos beijos entregam o abraço diferenciado. O amor, o destino, a felicidade e a paciência se levantam. É uma força conjunta agindo sobre nossas vidas.

Já estamos dançando na chuva. Sorrimos com vontade de abraçar o mundo, mas hesitamos. Nessas horas, nos encorajamos com aqueles que ainda insistem em negativar os bons sentimentos.  A felicidade é visível aos olhos das pessoas que nos cercam e, sem dúvidas, ver os outros felizes ainda assusta muita gente.

Estamos acostumados a lamentações. Achamos até normal. Mas estar apaixonado e feliz é demais. Olhamos com desconfiança e receio. 

É importante saber que o mundo está repleto de histórias de amor que deram e estão dando certo. E uma delas pode ser aquela história que você ainda não começou por medo de deixar molhar.


Eddi Abbehusen


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Jornalista em formação pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).