segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Junto ao mar

Diante de ti

Diante dos fatos 
Declaro você pra sempre minha 
Minha estrela, minha guia 
A dona dos cantos que enxuguei os prantos 
Levando o meu maior encanto 

Segura em volta dos meus braços 
Sem medo nem do tempo nem do espaço, 
Te dou e dôo todo o meu amor 
Pra que desfrute da vida, em vida 

E que mesmo de longe 
O sorriso que irradia esse teu jeito mulher 
E esse olhar que emana a tua melhor menina 
Minha, para sempre minha 
Aqui estou, pra te amar e amar 

Nos dias de sol te cobrir de beijos 
Assoviar a tua nuca para arrepiar os teus desejos 
Minha, tão minha Mulher, menina 

Cantiga de roda, canção de novela 
História de amor

Declaro a partir de hoje 
Que para todo sempre 
Seu sorriso será o meu melhor amigo 

Diante dos fatos, de Deus 
Diante de toda essa gente que sorrir com a gente 
Aqui estou, meu melhor amor da vida, 
Diante de ti, tão minha 
Diante de ti, tão seu 

Edgar Abbehusen

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Retalhos de um conto




Um principe encantado caiu no conto de fadas errado
O cavalo branco estava manco, o beijo que deveria acordar, adormecia
A bruxa estava intrínseca no dia-a-dia, sem maça envenenada ou espelhos

O carinho era remediado, as tranças de mel estavam sempre repletas de abelhas
Anões eram vistos por todas as partes, não sete, mas cem e, de repente, mais mil
Eles tiravam a atenção da princesa para o príncipe, que se contorcia para ser notado

As páginas do livro ainda estavam em branco, esperando ser preenchidas
Mas as letras só poderiam ser escritas em letras de ouro, afinal
qual princesa aceitaria flores de campo em novos tempos?

E o amor?
E a paixão?

E o príncipe, como sempre, deseja ser feliz para sempre ao lado da sua princesa...
Enquanto ela dorme
Enquanto ele sonha

Edgar Abbehusen

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Despedida

E vou derramando pelo teu olhar 
Saindo pela tua boca 
Circulando pelo teu ar 
Deixando de ser um som aos teus ouvidos 

Vou escapando entre os teus dedos 
Exalando minha presença dos teus poros 
Estou saindo de ti 

Você caminha, sorrir
Mania de achar tudo normal 
É tão simples perceber que estou saindo 
Batendo a porta, rodando a chave 

Você ainda sorrir 
O muito que deu não é suficiente 
Não vou ficar 
 Passos largos 
Momentos lentos 

Estou distante 
Você não vê 
Não percebe 
E ainda sorrir 

O amor que tenho levo comigo 
E não sei se deixei algo com você 
Não sei se sua frieza seria capaz de acatar 
Indiferença disfarçada de atenção 
Já estou lá fora 
Acabou 

Edgar Abbehusen

sábado, 10 de novembro de 2012

Plano de vôo


Eu não queria planejar
Planejar é uma questão de tempo
E o tempo pode voar

Voam todos os tempos do acaso
Que entrelaçam a vontade de esperar
Mas o agora já é hoje
O amanhã pode não chegar

De onde vem tanta loucura apaixonada
que se deixa tornar uma vontade frustrada?

De onde vem o calor da alma
que de tantos que não acreditam se tornam falha?

Para onde vão os discos velhos?
Onde estão as velhas cartas?
Foi tanto amor que escrevi
Tanto amor que deixei de sentir

Voar para longe do que permaneceu
Acreditar no que nunca apareceu

Planejar é uma questão tempo
Tempo para quem nunca mereceu


Edgar Abbehusen

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Adiante



Que confusão de emoção
Exagero de sentimentos
Choros desapercebidos ao longo da história

Fascinante a maestria desse palco

Quantos atores fantásticos perdidos dentro de si mesmo
O que fazer diante desse espetáculo que só acaba
quando a gente acaba?

Todo mundo continua

Só você morre um dia
Tudo a sua volta vai pra frente
Segue o rumo
A rota
O destino

Pra que partir antes?

A cortina ainda não fechou
As luzes ainda estão acesas
Não vá
Não reclame tanto assim
Não grite porque ninguém vai ouvir

Respire fundo e siga
Siga
Senão só você para
Tudo segue
Vai pra frente
Adiante...


Edgar Abbehusen

Dança da primeira vista

A música me deu a coragem que precisava para sai da minha turma e ir em direção a suas amigas. Dançamos e a luz do salão iluminou o teu sorriso. Lembro muito bem da sensação que nos embalava de um lado a outro. O nosso olhar se cruzava no mesmo ritmo. Você fixou suas mãos sobre o meu ombro e, naquele instante, a sua respiração estava direcionada para o meu pescoço.

Após a música, paramos. Você voltou para as suas amigas e eu continuei com a minha turma. Outras músicas vieram, mas, com a minha timidez, deixei você ir. E você foi.

Quantas noites se passaram e eu fiquei ali. O seu perfume e a respiração quente no meu pescoço eram marcas fortes na seleção natural das minhas melhores memórias afetivas. Não precisou de beijo, nem de conversas, nada. Apenas a dança e o olhar.

Até que em uma dessas noites meio nubladas, o universo conspirou contra o descaso. No acaso, te encontrei e nos meus braços você dançou novamente. Houve o beijo, ouvimos as vozes. E amei.  Após algumas doses de bebida e encantamento, a timidez – que tem o meu nome – deixou você ir. E você foi.

Não lembro a melodia da canção, mas consigo dançar todas às vezes que sinto a sua respiração quente no meu pescoço. Fecho os olhos e, aquela música que nem sei o nome, começo a cantar pensando em você.

Na minha carteira ainda está guardado o tímido bilhete, escrito de uma forma tímida, que na falta de coragem para falar, anotei rapidamente enquanto você se distraia. Dança comigo, amor, a vida inteira!”.

Quem sabe um dia eu possa te entregar enquanto dançamos uma ou duas canções. 




Eddi Abbehusen

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Conjunto



É esse sorriso que me encanta
Talvez não só ele
Tem o jeito que me olha
Que olhar magnífico

Mas o que me encanta é essa tua voz
Quando você canta eu enxergo a tua alma
E me apaixono mais

E é na tua voz também
Que eu me encontro quando você sussurra 

E diz que me ama

O tocar em tua pele
Que guia a minha mão em teu corpo
Passeando como em uma tarde de sol
Me apaixonando mais e mais

E tem o dia em que passo contigo
Que maravilha de dia
Aí vem o teu sorriso
Junto a tua voz cantando e sussurrando
E vem a tua pele me mostrando o caminho
de uma bela tarde de sol

E me apaixono mais, e mais, e mais...


Edgar Abbehusen

Tempo de Alma




Tempos em tempos
Se faz presente um tempo
Em que crescer era só uma brincadeira

Tempos de sorrisos fáceis
Chorar era dor física
E frustração passageira

Dias em que o sol era alegria
A Chuva era alegria
As flores serviam pra alegria

Tempos em tempos
Em que problema era acabar o chocolate
Ficar abaixo da média

Tempos em tempos
Em que amar era divertido demais
Em que lutava-se pelo beijo de amor
 

Tempos em que o mundo convergia 
pra gente ser feliz

Tempos em tempos
que o medo tinha colo
Que a vida tinha sentido

Tempos em tempos
Eu lembro de um tempo
que não volta pra mim

Tempos que estão
No olhar da criança
Na esperança que brilha

Tempo que renasce
De Tempos em tempos
a todo tempo.


Edgar Abbehusen

Quem sou eu

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Jornalista em formação pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).